Caroline Garcia Marques foi residente por uma semana na Aliança Francesa do Rio de Janeiro em agosto, trabalhando no espetáculo de marionetes Habite-me.

A residência concluiu o trabalho iniciado em março de 2017 em Montreal, durante uma residência de pesquisa e criação idealizada pelo Festival de Casteliers, o Conseil des arts de Montréal (CAM), o bairro de Outremont e o Espaço de Residência Artística VALE ARVOREDO. Os cofundadores da companhia Territoire 80, Emilie Racine, artista visual e marionetista, e Laurence Castonguay Emery, especialista em mímica corporal e professora da Université du Québec à Montréal (UQÀM), estão participando do projeto. Obtendo o apoio do Canada Council for the Arts para uma segunda fase de pesquisa criativa, a equipe se reuniu no Espaço de Residência Artística VALE ARVOREDO, no Brasil, em dezembro de 2017 e janeiro de 2018, completada por Paulo Balardim, diretor e professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

O espetáculo Habite-me opera num universo de imagens que oscilam entre a atriz marionetizada e o boneco animado num espaço disforme e maleável, como uma realidade em constante transformação. Habitar confunde-se com ser habitado. O receptáculo é o corpo humano, investido de máscaras e bonecos que, por meio das relações entre esses elementos com o espaço, com a luz e a música, percorre o tema da habitação e angaria um sentido onírico e metafísico, ao associar-se com a vida e com a morte bem como com a sensação de pertencimento que nos preenche quando encontramos sentido em algo que nos completa.