Os Mares Mágicos
Na continuidade da recriação do espetáculo “Et si l’Océan”, “La Fabrique des Petites Utopies” se lança em duas semanas de residência de criação do espetáculo “Ô Mers Magiques” na Villa Tijuca. Um outro espetáculo para o público jovem sobre os oceanos e a “nova mágica”, uma disciplina que se livra das cartas de baralho e de outras caixas que desaparecem para se dedicar aos elementos e aos objetos que têm mais sentido nas nossas vidas cotidianas.
Durante essas duas semanas na Villa Tijuca, sempre sob as instruções do diretor Bruno Thircuir, o mágico Florian Gourgeot, a música Noémie Brigant e a mágica brasileira Caroline Holanda, procuraram manipular a água em todos os seus estados, para tornar visível e sensível a magia da água, elemento da vida, do começo.
Esse espetáculo quer sensibilizar as crianças e os pais que as acompanham sobre os mares, suas origens e sua fragilidade ecológica.
Criar no Brasil para que este espetáculo itinerante leve o Brasil consigo. A participação de Caroline Holanda, originária do Ceará, artista nas fronteiras das instalações, das marionetes, das criações coreográficas e do ensino matéria-movimento foi, neste sentido, eminentemente importante.
Do Brasil que se encontra igualmente em Florian, que fez um pós-doutorado de astrofísica no Rio de Janeiro, e uma turnê de um espetáculo de magia pelo espaço na América Latina.
O futuro nos dirá se “Ô Mers Magiques” poderá ser representado no Brasil. A prioridade de início era na criação: procurar no que o espetáculo se alimenta da alteridade brasileira, para que ele entre na tradição de “La Fabrique des Petites Utopies”: fazer um teatro na encruzilhada das culturas e para além da barreira das línguas.
Essas duas semanas de residência são os primeiros passos de um longo caminho, provavelmente um ano de criação, para levar ao espetáculo “Ô Mer Magiques”. Bem como outros lugares, artistas e situações irão se convidar para a cena e completar as duas semanas de trabalho na Villa Tijuca.